A partir do diálogo com o imaginário e do resgate de memórias de infância, reais ou inventadas, é feito este livro, o último publicado pelo auto. Nesta curta e densa narrativa, a escrita das memórias do menino-narrador é deflagrada pela morte precoce da mãe e pela imagem de um tomate sendo retalhado em oito finíssimas fatias pela madrasta. Cada fatia representa um membro do clã familiar: o pai alcoólatra, a rígida e indiferente madrasta, o irmão mais velho que come vidro, a irmã que mia pelo gato mudo etc. À medida que a história avança, o menino acompanha paulatinamente seus irmãos irem embora de casa e as fatias do tomate ficarem mais fartas. Profundamente sensível e poética, a prosa memorialística do escritor mineiro possui uma linguagem enxuta, com frases curtas. Em um formato alongado, o livro possui uma capa dura e as laterais pintadas em um vermelho bordeaux – escuro, melancólico, amargo.
Obs.:Em 2012, o livro recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria “Melhor livro do ano”.
Vermelho amargo foi adaptado para o teatro pela Companhia Aberta, em 2013. O espetáculo foi encenado pelos atores Daniel Carvalho Faria e Davi de Carvalho, com direção de Diogo Liberano e colaboração da atriz Vera Holtz, amiga de Bartolomeu Campos de Queirós. Endereço eletrônico da peça: www.amargovermelho.blogspot.com.br