Resenha:
Este homem não é invisível por timidez, humildade, querer ver sem ser visto. O contrário. É ocupado demais, importante demais. Coisas inadiáveis para o homem invisível: ler um livro, nadar, ir ao médico, queimar a língua no chá. Nunca é possível lhe falar. Nem gritando bem alto (o narrador convida)? Que tal escrever – ou será preciso desenhar? Seu mundo é azul com marrom, mostarda, preto e cinza. As formas são geométricas, as curvas, certas.
Com lacunas que dão presença a sutilezas, faz metáfora da ausência, tema próprio à condição humana, experienciado desde o início da vida, e dos homens ausentes, assunto atual e necessário.
Resenhista: Luiza Trindade Oiticica
Imagem-chave: página 10